Vêm aí mais medidas de austeridade


Tão pouco previsível seria, um mês depois da aprovação do OE vir mais austeridade a caminho. Como tenho dito "caminha-mos de austeridade em austeridade".
Chegamos ao ponto de nos limitar-mos em relação aos outros países, desistimos da vida em Portugal, ou aliás, fazem tudo para que desistamos dela.

Isto faz-me lembrar a Alemanha antes da segunda guerra mundial. O pretexto dos nazis para chegar ao poder terá sido sem margem de dúvidas, o de convencer a população que o mal já estava todo feito (as consequências da primeira guerra mundial) e, que tudo o que eles fizessem daí para a frente seria sempre "justo e sensato", ou pelo menos não tão gravoso e humilhante.
Agora voltando à realidade. O que este governo nos tenta passar é que tem de tomar medidas dolorosas e não haverá nada para inverter tal cenário, a não ser apertar ainda mais o cinto. Hoje em dia vivemos tempos em que acharmos um emprego é um acaso, é uma lotaria, é algo que não julgávamos que acontecesse.

Um país é como um carro, e a população é o motor. Agora se em vez de cuidarmos do motor do carro, de lhe dar estabilidade comprando peças novas, remodelá-las, etc, isso fará com que o carro dure quase uma vida toda e nos permita usufruir de todas as suas funcionalidades.
O mesmo se passa com Portugal e os portugueses - o governo ao criar austeridade (exagerada) faz com que as empresas (PME) se sintam cada vez mais inseguras, dificultando assim a qualidade das suas produções e consequentemente, as suas vendas para o exterior (exportação). O aumento brutal do desemprego em Portugal que excede uns largo milhares, o que faz com que a população empobreça ainda mais. O aumento de impostos, IVA, luz, gás, entre outros, consegue por sua vez tornar a missão de manter um emprego quase impossível.

Estarmos localizados na periferia da Europa só nos traz vantagens: a nível de clima - Portugal tem um clima propício para a agricultura, no entanto nós importamos mais de metade dos nossos alimentos. O interior que tem a grande parte agrícola do país está completamente abandonado, devido a factores históricos, sociais, etc, o que traz como inconvenientes o êxodo agrícola e a desertificação.
Sabendo isto, o governo deveria tomar medidas de correcção estrutural da agricultura, gerando assim, um aumento significativo da produção nacional através da criação e modernização do sector.

Com uma certeza fico - "Temos um país que poucos têm"- (in)felizmente não conseguimos ajustar as nossas potencialidades, em focar-mos Portugal numa grande potência mundial, e acima de tudo, não nos limitarmos em relação aos outros colossos europeus.

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