Foram embora e não voltam


Foram embora e não voltam.

Dispersaram as suas almas e apesar de se guardar memórias delas, não se tenta ser como elas.. Acabou-se!  Por mais que encurralemos a mentalidade de uma pessoa não prestará ouvidos à razão.. à motivação.. Terminou!
 Este ciclo que a vida humana entrou é interminável, é mais infinito que o próprio universo pelo que esta gente de hoje plagia os seus próprios movimentos. É insustentável demais viver assim. Por isso eu não vivo, eu sonho – sonho como Fernando Pessoa e Cesário Verde.
Como é possível não se fugir à regra? À excepção da mentalidade? No século XXI criaram a pior coisa da vida, a dependência de tudo que é indispensável. Entregamos a cultura a falhados, entregamos as grandes obras a maus editores, entregamos a nossa pátria para lado algum. Como alcatrão que é abandonado pelo próprio trajecto de uma viatura em despiste, numa avenida que conduz aonde nem Deus sabe.

De mim saí-me todas as palavras contra vós. Porque sou velho e reformado mas que ainda sonho e penso no sentido das coisas. E questiono-me! Este cachimbo que trago nos lábios ardentes, é do tempo recordo-me.. tempo de Vasco da Gama.. Cheiro oriental da vida consciente, segura por alicerces pregados à água do Indico. Ainda cheira àquela pátria que vivi e que agora apenas sonho. Oh! Pobre infelicidade a minha! Eu morro, morre-me a consciência! Já todos se foram e não voltam! E tão bem sei eu disso! Mas ainda espero, ainda sonho, ainda acredito nesta pátria que não é pátria.. Serei um desvairado em queda?

Rogo a vós para que, juntos, içamos a nossa bandeira ao mundo! Estas belas cores, esta grande história em que se podem todos orgulhar!  Esqueçam a vossa inutilidade física e tornem a vossa mente capaz de viver tudo e uma forma igual à daqueles homens.. Daquelas grandes almas portuguesas, que já foram e não voltam. Quem já o faz é louco, como eu.
Porque percorremos as dimensões do sonho a grande velocidade, sem que, alguém saiba. Porquê? Porque caímos em esquecimento. Caímos num tédio sem fim.. Estou no meu quarto e faz sol à chuva. Louvar à pátria é saber viver, dar cultura à pátria é saber viver e desposar a mulher para casar com a pátria é ser português de alma e coração. Acabar-se-iam problemas como a corrupção!
Todo aquele aparato de um manto falso, de gente falsa, de um ruído audível em demasia, é a sim a vida de tribunal – eles vergam a camisola de outros lados e envergonham a pátria. Mas os que roubam, roubam porque passam fome e são presos, infelizmente. Se roubam? Deixam de ter alternativa.. Agora os verdadeiros diplomatas do mal, esses sim não conhecem a masmorra da falta de liberdade.

Desespero e vou-me embora também. Eu vou para junto de vós! Junto-me a vós e canto todo o vosso passado.

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