Alberto e as obrazitas


E quando se julga que no arquipélago da Madeira já está tudo dito, basta Alberto João Jardim abrir a boca para mudarmos de opinião. Ontem o presidente do Governo da Madeira, numa entrevista ao público, demonstrou que está tudo menos arrependido por ter endividado o região; dispondo de uma eloquência que fazia lembrar os tempos de Aristóteles, afirmou que, para criar desenvolvimento precisou de recorrer a empréstimos bancários. E sabia ainda - visionário Alberto - que não ia pagar os empréstimos, com a desculpa de "É preciso para desenvolver a região".

Pena é, que , para estes senhores, desenvolvimento significa fazer obrazitas, e digo isto do diminutivo para criar menos impacto aos leitores, dispendiosas e irracionais - ou seja, não promovem obras para que daqui a médio-longo prazo dê lucro - pelo que, o interessante nestas obrazitas é o esqueleto da coisa. Para quê criar incentivos às empresas da região? Para quê investir, de forma racional, na instrução e na qualidade de vida das pessoas? Isso é para os malucos. Para os lúcidos como Alberto, a vida é para exibir grandes pavilhões gimnodesportivos; belas pontes que atravessem meio mundo; voluptuosas e dispensáveis ruas que nos façam lembrar o deserto do Sara quando as atravessarmos; e enfim... tudo o que for de mais absurdo para nós, é o mais atractivo para você senhor Alberto.

Não tenho sotaque madeirense, mas sei que a região da Madeira sem si era outra pronúncia.

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