Em períodos de crise uma pessoa fica a pensar no sentido da vida - se é que ela tem algum sentido - e paz a alma de ver a futilidade do dinheiro, dos bancários, e de todos os capitalistas; assim como, a obcecação que hoje o homem levou a cabo por tudo isto.
A moeda que brilha em tons de ouro mas que é prata, a pedra que reluz diamantes vivos mas é pedra sem vida, os pobres sem riqueza mas com grande valor, tudo isto é nada. Move-mo-nos assim pela futilidade do que imaginamos, e não pela realidade estúpida que temos. Isto é o homem. E o homem é nada.

Dizem-me ainda, quando deambulo esquecido pela rua dos poetas, que o amor existe: a névoa do céu brilha em vez do amor que humedece; as nuvens tristonhas e escuras transformam a sua dor em arte renascentista; a gélida manhã em que acordo não é manhã senão é noite calorenta em vegetais secos. Eu vi um amor afinal que me iludiu à nascença e me traiu na morte, e toda a esperança foi imposta pela falta na crença de não ser amado por alma alguma.

Assim desisto, rendido pela realidade a que me sujeitei.

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