Passos Coelho, o novo homem da BD


Estranho seria, porventura, estabelecer um diálogo sério entre Pedro Passos Coelho e o povo português; e, por isso, Passos Coelho opta por utilizar uma banda desenhada como as de antigamente: vários balões de fala, usados no parlamento, utilizando uma linguagem demagógica e cómica ao mesmo tempo.
Basta reflectir sobre as suas últimas intervenções… no que toca, por exemplo, ao caso da Maternidade Alfredo da Costa… E ficamos a pensar durante algum tempo!

Se bem me recordo uma das peças fundamentais para o desenvolvimento de um país é a melhoria da qualidade de vida, isto é, para desenvolver é preciso apostarmos em melhores condições de vida, e a saúde é uma delas. No entanto, uns discordam. O ministro da saúde, Paulo Macedo, deixou bem claro: “A Maternidade Alfredo da Costa encerrará ainda este ano”, pois bem, uma maternidade geradora de emprego, de melhoria de vida e de qualidade de saúde, tem de se fechar portas. Agora pergunto-me se isto trará vantagens…

Mas voltando ao Passos Coelho. Durante o debate quinzenal de hoje apercebi-me de uma coisa – que há uns tempos atrás não tinha dado conta -, este governo não tem noção do que é ser-se pobre. Pois de que me vale a mim, enquanto cidadão, discutir teorias platónicas e todo aquele palavreado se não sei o que é ser filósofo? De facto, o que mais me intriga é a tal banda desenhada protagonizada, hoje, por Passos Coelho.

Louçã parecendo ser o único adulto no meio da criançada toda (do governo), foi directo e preciso na questão que colocou ao PM sobre a MAC e Passos fugiu à questão. Aí começara o desenlace da BD: com um discurso surpreendente – que aliás, é sempre esse o seu trunfo -, Passos Coelho, emitiu que esta maternidade tinha os dias contados há vários anos e, no entanto, não iria fechar este ano, justificando esta tese com o álibi do ministro da saúde. Todavia, é aqui que se dá a comédia da BD. Certamente, esquecer-se-ia do comunicado oficial de Paulo Macedo ontem em relação a esta matéria! Adiante… O que verdadeiramente surpreende no meio disto tudo é o “à vontade” do governo no que toca ao desemprego, aos encerramentos e à vida das pessoas; isto acabou por intermédio do “à vontadinha” de Passos quando justificou este embaraço todo dizendo que “Não tinha conhecimento do encerramento da Maternidade”.

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