Saudades...

Gostava de um dia poder vir a ter saudades de alguma coisa, ou então, ser saudoso de algo. Como eu admirava fazer uma caminhada madrugadora por algum lado e encontrar-te no horizonte...
Durante os dias que não acordava e as noites que não dormia, relembrava-me de ti ó inconstante sensação - eras como uma brisa cheia de recordações que me deixavam triste.
Mas eu escrevo estas memórias e nem chego a recordá-las. O meu interior vejo-o frio demais para voltar a ser alguém; tudo está vazio dentro de mim como uma espiral de buracos negros...
Meu flagelo relembra a tua fronte destroçada pela névoa da saudade… O além é baço e não consigo ver-te, apesar de estar a sentir a tua presença sobreposta sobre tudo.
E fui um insonte sem igual… Dez anos de vida gáudio, outros trinta de ira… Mantenho-me com saudades de ti sem as poder ter, sinto-me com saudades de ti sem poder sentir, choro-me em sonolências enfáticas com lágrimas de ti…

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