Selvagem lado.

O que acham que são? Importantes? São todos o mesmo, vivem todos pelo mesmo, almejam todos o mesmo sonho, têm todos a mesma vontade, vestem-se, pensam igual, todos, sem excepção. 

Escrevo então esta carta abrindo uma nova aventura. A sociedade é um transtorno imediato quando a cruzamos – repletas estão, cada pessoa, de inveja, de aparência, de falsidade; e a máscara que elevam no seu dia-a-dia mais não é do que pretender ser aceite pelos outros – e é uma mecanismo maquiavélico quando participámos nela.

Sociedade… Poder, dinheiro. Querem subir na vida, conseguir juntar cada vez mais riqueza, molhar o rosto na água da indiferença perante dos males e das injustiças que praticam para pertencer a um círculo. Têm que ter cuidado com a roupa (Se eu não me vestir assim, serei alvo de críticas e eu não quero), têm que ter cuidado com a posição que defendem (Não posso defender a minha ideologia, não me permitiria continuar neste ciclo de pessoas), têm que ter cuidado com a postura no trabalho (Posso não ser aceite no emprego, o patrão pode despedir-me). E assim enveredam eles por um caminho que é o mais sensato, nem saber demasiado nem falar demasiado, tomem, levem esses bens para a família, fechem os olhos, esqueçam o que se passou, não somos então todos assim? Não há nada a fazer, dizem eles.

Há algo muito diferente para além desta permanente aparência que eu procuro cismaticamente. Não pertenço, pois, aqui nem penso assim. Algo mais nobre e simples está defronte dos meus olhos: chama-se natureza, esse habitat que é o meu habitat. Sem dinheiro, sem essa máscara que todos usam, sem essa cobiça desmedida, não, não quero isso, não quero nada disso, prefiro a minha nova aventura sozinho, para conhecer a verdadeira essência do mundo, talvez conquiste o universo, acredito nos meus sonhos, acredito que o posso conquistar!

Sociedade…

Álvaro Machado – 16:17 – 07-02-2014

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