arte metafísica

não há luz, não há esperança, não há crença quando nos acerca - sem que fosse tampouco algo pré-concebido - um pensamento metafísico e infame impregnado de suores frios e de escuridão pura.
a imensidão de máscaras que nos cobrem a face e que desencadeiam esse veneno que escorre por debaixo de uma falsa suposição inocente é onde o sol mais brilha; daqui em diante, pasme-se o leitor que se aqui se veja reflectido, o céu cobre-se de uma noite vã, sem nenhuma harmonia, onde todo o silêncio esfria o sangue nas veias e congela o sonhar...

é aqui, amigos do além, que tudo se torna decadente. vivemos intermitentes entre a queda e a permanência na vida como um vadio, em que nos vamos arrastando sem força de vontade ou amor-próprio...
grito. ouvem-me? abomino-vos, sem excepção. desejo-vos a morte como a mim foi desejada a incessante escuridão onde me perdi e onde tenho medo de me encontrar.
estou longe, e é por isso que aos meus gritos se equiparam sons de chocalhos... mas que raiva: morram!

Álvaro Machado - 00:14 - 19-05-2015

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