Varoufakis tem razão.

Varoufakis, naquele livro que escreveu como forma de explicar à sua filhota o mundo e a sociedade em que vivemos, disse uma das coisas mais acertadas: antigamente, os governantes (os reis) detinham um poder absoluto e partilhavam-no num grupo restrito de pessoas, sem que os mais fracos, o povo, os que faziam o trabalho árduo, os contestassem. E como? Diziam que o poder lhes era por direito, de que «tinha de ser assim, e só assim». Era um poder divino, esse que Deus lhes atribuiria.

Hoje em dia passámos exactamente pelo mesmo, mas com outras palavras e com outras formas de contornar o sistema. Quando nos dizem que só há um governo possível para nos governar, que «ou somos nós, ou não é ninguém» e que somente um caminho nos levará a bom porto, acontece isso. Varoufakis tem razão: o Estado tem de sobreviver após a morte de um governante.

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