Lopetegui é o mestre da táctica

Vou começar por relatar-vos, sem alargar muito o meu campo lexical, o jogo de hoje do F.C.Porto contra o Chelsea: "E vai Maxi, passa para Maicon, Maicon passa para Marcano, Marcano passa para Indi, Indi joga em Danilo, Danilo toca para Imbula, Imbula faz compasso de espera e entrega a Herrera - um pequeno suspiro para o comentador da SPORTTV - e Herrera joga tudo em Casillas.".

Para quem tem acompanhado os jogos do Porto este e no último ano não é apanhado de surpresa por este relato, penso que, até aqui, todos estamos de acordo. O jogo de hoje tornava-se imperativo para o F.C.Porto: se vencesse passava, se perdesse saltava fora dos oitavos-de-final da Champions League.
Sendo-vos o mais sincero possível, eu, e como eu talvez a grande maioria dos portistas, tinha pouca confiança numa vitória face à equipa de José Mourinho, é verdade, mas o que ninguém estava à espera era de Lopetegui optar por uma formação táctica nunca antes experimentada: três centrais e jogar sem Aboubakar (que é, nada mais, nada menos, o melhor marcador azul e branco na fase de grupos).

Tivemos posse de bola. Muito bom, tivemos posse de bola superior ao Chelsea em pleno Stamford Bridge! Não é de louvar? Sê-lo-ia se tivéssemos criado uma oportunidade de golo, porque precisávamos, e porque seria o mínimo dos mínimos a fazer: um lance de golo!... Mas em vez disso, tivemos posse de bola na defesa, e tivemos dois golos sofridos sem que os londrinos cometessem um esforço por demais para o conseguir.

Tive alguns maus treinadores do meu clube, mas, mesmo esses, venceram alguma coisa, ou até mais do que seria de esperar. Com Lopetegui, esse mestre da táctica que prefere surpreender sempre tudo e todos, insistindo num modelo de rotatividade absurdo, com demasiados jogadores num plantel repleto de qualidade, a verdade salta à vista: este senhor não venceu nada pelo Porto, ainda, nem tampouco merece o lugar que ocupa. Rua!

Álvaro Machado - 21:38 - 09-12-2015

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