Europa curva-se perante o fanatismo religioso


De olhos postos no futuro, sobrecarregados com pensamentos económicos (como, aliás, o foi sempre), eis que as grandes potências europeias se esquecem dos problemas de fundo, religiosos, étnicos, que começam aos poucos e poucos a crescer e que tendem a alastrar-se por todo lado.
Afinal, de onde vêm esses extremistas muçulmanos?

Alemanha



Um país que todos vêem como exemplo, mas onde nem tudo é risonho. A liberdade e a tolerância religiosa trazem consigo fanáticos e os fanáticos trazem consigo sede por guerra, caos e destruição.
Na Alemanha não é excepção. Por todo o país alguns ditos "profetas" salafistas tomam palcos, tomam a palavra - essa arma que nos acompanha aos longo dos séculos - e, com discursos incendiados e puramente opressivos, convertem alemães à nova causa: devoção a Alá, morte aos infiéis.

É absurdo, entendo-vos. Os alemães são desenvolvidos, jamais cediam perante afirmações tão vazias como "convertam-se, irmãos, e Alá vos absolverá dos vossos pecados" ou "juntem-se à luta, combatam os inimigos, devemos sacrificar-nos nesta vida para vivermos a próxima". Mas a verdade é que muitos aderem, nestes moldes, ao fanatismo religioso.

Aderem sobretudo jovens a esta causa. Pouco tempo depois já se encontram na Síria ou no Iraque, no terreno, a lutar contra um inimigo. Que pretendem eles? Coisa nenhuma, são fanáticos. Morrer é somente um mecanismo para o conseguir. Há, contudo, quem queira realmente chegar a algum lado com este fanatismo: impor a Nova Ordem Mundial na Europa e no mundo.

Pierre Vogel. Sven Lau. São dois dos profetas salafistas mais influentes na Alemanha. Continuam a usar e a abusar da palavra, de interpretações extremistas do Alcorão, e a promover no seio da democracia e da tolerância religiosa uma verdadeira jihad. Até onde poderá crescer este movimento?

Inglaterra



Sabemos perfeitamente que os ingleses foram invadidos por uma imensa diferenciação de cultura e os fanáticos religiosos - friso fanáticos pois são uma minoria que interpreta o Islão de maneira abusiva - inevitavelmente povoaram o seu espaço em cidades emblemáticas como Londres ou Manchester.

Os Guardiões do Islão são um grupo de radicais islãmicos e cuja missão é patrulhar as cidades, "limpá-las" da prostituição, das drogas e do lixo todo inglês e da sua cultura. Segundo os próprios, o seu papel é crucial visto que "os policias não são suficientemente cuidadosos nem metódicos no seu trabalho".

Claro que isto é redutor. Fazem bem mais do que tirar cartazes das portas e arrancar anúncios de prostitutas; é um disfarce para converter novos membros à causa e para manter as suas organizações camufladas.


Em suma

O multiculturalismo é fruto do desenvolvimento e de uma maior abertura dos países a minorias oriundas de outras realidades. É um verdadeiro avanço nos sistemas democráticos, especialmente na Europa, mas ao mesmo tempo arrasta com ele imensas contradições e uma delas é inevitável: o terrorismo e o extremismo.

A Europa curva-se. Pouco ou nada faz, porque afinal de contas são minorias. Mas são minorias até quando?

Álvaro Machado - 16h11 - 19-03-2016

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