A (des)concertação social



Aumentar o desemprego certamente para o senhor Álvaro (ministro da economia) promoverá o crescimento e competitividade das empresas portuguesas, proporcionando assim, um aumento quase milagroso nas exportações à escala mundial. Eu pessoalmente não acredito em contos de fadas, mas o Álvaro parece que ainda acredita nas fantasias criadas pelo homem para “iludir as suas acções”.

Uma semana em que finalmente chegaram a um acordo final – a concertação social – onde após 18 horas de negociações entre o governo e os sindicatos, o ministro da economia pareceu no final satisfeitíssimo por conseguir, finalmente, uma vitória para si. Será inocente Álvaro acharmos que este acordo trará benefícios, porque ninguém (nem mesmo você) acredita no sucesso do acordo. Um país com mais de setecentos mil desempregados deveria seguir outro caminho, outra filosofia, que seria a de gerar emprego e mais oportunidades de trabalhar para uma empresa e não de dificultar o que já está dificultado.

Sabendo que os patrões não são, nem nunca serão, senhores de bom coração, o que lhes interessa é que a empresa saia sempre a ganhar e não os seus trabalhadores. A banalidade alia-se ao despedimento em pleno século XXI onde por exemplo, uma secretária caso avarie uma impressora poderá ser motivo mais que suficiente para que o patrão a despeça por justa causa, infelizmente é este o mundo em que vivemos. E ainda há mais.. O patrão de uma empresa poderá contratar ainda algum desempregado que receba menos que o salário mínimo, substituindo assim a secretária que tinha, pagando muito menos nos salários.

Que a maior parte das empresas usam “falcatruas” já eu sabia, mas agora passa a ser legal e promovedora de desenvolvimento.
Enfim Álvaro, acorde do sonho que está há mais de seis mêses.

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