Perdi as minhas asas


Perdi as minhas asas e caí, caí num suicídio de palavras adjacentes. Vou assim a prolongar o pensamento áspero numa rua da Invicta – dão-me calafrios pelo estado de tempo , está húmido entre a mansão de ninguém e a cidade do vazio; e eu estou ali.. a descer a rua do calafrio, a observar a subtileza da fruta, as indesejáveis imagens de pessoas desejáveis, a alfândega abstracta do conhecimento aparentemente sem conhecer.
Para-se-me no tempo, tempo para viver. E se me dás isto terei de aceitar levianamente? Se contornar sou pecador? Tu não és assim. Criaram duas imagens de ti: a verdadeira e a menos verdadeira. Sabe-lo-ás que a verdade – independentemente de quem o diz – é que és uma imagem de mentira.
A verdade do homem está na mentira da sua pronúncia. Provêm da Grécia Antiga esta arte que é verdadeiramente uma arte.. Dir-me-ão algo que prove o contrário?

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