Lei pouco consistente


Depois do encerramento – ainda incompreensível – da Maternidade Alfredo da Costa, hoje o capítulo do ministro da saúde é ainda mais incompreensível, senão mesmo inconsistente, no que toca à nova lei de restrição do tabaco.

A maioria da população chegam mesmo a classificar este capítulo de “Perigoso” e “Pouco consistente”, levando assim, a uma enorme contestação dentro e forma do quadro político.
É certo que, o tabaco precipita-nos, voluntária ou involuntariamente, para uma morte precoce, e, ainda assim, “nós” consumimo-lo. Na ultima legislação a proibição do tabaco em restaurantes, bares, ou mesmo cafés, fez com que os donos fizessem investimento voluptuosos para criarem a chamada “área para fumadores”, revelando assim uma maior consistência pela nossa saúde e pela do próximo – assim como nos ensinamentos da bíblia “Compreende o próximo a partir de ti e reflecte” – investimentos esses que, na sua maioria, ainda não estão lucrados. E ao contrário do que todos esperavam, o ministro da saúde enaltece a “proibição de fumar em locais públicos” a 100%, colocando estabelecimentos públicos ao pé de um colapso financeiro.

Mas não ficamos por aqui. Paulo Macedo avança com mais medidas “anti-tabaco”: a proibição de fumar em veículos privados que transportam crianças é a mais contestada.
Ora esta é uma medida que nos deixa boquiabertos. Como dira António Vilar “Este pode ser apenas o primeiro passo para pôr em causa a liberdade das pessoas”; a partir do momento em que o nosso próprio espaço é controlado por outrem, passamos a não ter liberdade, passamos a ter uma liberdade aligeirada. Mais benéfico do que uma lei seria uma campanha para sensibilizar os pais a não fumarem perto dos filhos – tocando mais em comportamentos éticos, e educacionais.

Tudo na vida tem dois caminhos – o bom e o mau – e, cabe-nos a nós decidir qual escolher precisamente por sermos racionais e sermos livres para tal. Se um governo, ou um Estado, acha que pode ser nosso mandatário no que toca às escolhas que fazemos, está redondamente enganado. Pode haver profetas, que os há, que ensinam o bem ou mal, mas quem tem a livre escolha de os seguir é o povo e não o que profetiza.

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