Qual o sentido da vida?

Qual o sentido da vida? Questiono-vos. Fazermos o que é mais correcto, sermos íntegros numa sociedade bem estruturada, termos fé na nossa salvação - sim, se tivermos uma boa conduta, não pecarmos, e no fim do dia estabelecermos uma ligação espiritual com o senhor é quanto baste -, é isso o que me dirão.

Nesse momento, mandar-vos-ei à fava. Porquê? Porque tenho livre-arbítrio para o fazer. Posso, pura e simplesmente, romper com a sociedade, romper com todas as questões de boa conduta que me queiram impingir, e ser eu mesmo. Serei, pois, o eremita do século vinte e um. O completamente doido, sim. Mas o libertário, também.

E sabem por que o farei? Sabeis. Sabeis perfeitamente, deixemo-nos de hipocrisias. Porque tudo em nossa volta é uma falsa questão, porque tudo é projectado para uma consciência social formatada e imbuída de preconceito, ganância, falsidade... E, espante-se, deixamos de lado coisas mágicas como a liberdade, o sonho, paixão, loucura, intensidade... Como é possível?

Sejam outros. Criem. Inventem. Sonhem. Almejem. Façam! Não queiram ser a multidão, nem a sociedade, nem a hipocrisia: queiram ser vocês.
Senão, sereis uma máscara, uma aparência, e o mal pode surgir e derrubar-vos.

A questão de Deus? Amigos, Deus não existe. E a prova disso é a dor que existe nas pessoas, as mágoas que o coração carrega, esse fardo que é oriundo do destino, e em que os inocentes sofrem como se fossem os culpados e os culpados desfrutam como se fossem os inocentes.

Álvaro Machado - 01:04 - 08-09-2014

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