Contra tudo e contra todos.

O mundo é feito de dualidade de critérios, umas vezes chocam-se sem motivo, outras tornam-se passivos com o turbilhão que surge.

Agora o tema reside no referendo que a Grécia decretou para o povo decidir sobre o seu futuro. A Grécia, berço da democracia, não poderia deixar de a exercer em todo o seu esplendor.
Ora, eis que aqui surge a tal dualidade de critérios: espantam-se, alguns, por um governo eleito democraticamente exercer um mecanismo democrático como é o referendo, mas creio que esse espanto advém todo do anti-grécia que inocentemente se tem incentivando; mantêm-se indiferentes, outros, quanto ao referendo inglês no que toca à permanência ou não permanência da Inglaterra na União Europeia.

Aproveito para evidenciar factos também:  um governo de esquerda (que tantas vezes é rotulado de extremismo puro na verdadeira concepção da palavra) tem levado as negociações por bem, moderadamente, sem adoptar nenhuma posição mais violenta que rompa de vez com a permanência grega no euro e, além do mais, se mantém ao longo destes 5 meses no Eurogrupo com as ideias bem fincadas, com uma agenda própria e repleta de propostas que vão noutro caminho que não o da austeridade.

Por isso, deixem-se de guerrinhas quando nem tampouco sabem quem são os verdadeiros oponentes.

Álvaro Machado - 02:03 - 28-06-2015

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