Evolucionismo Século XXI (III)


Nós, homens, não devemos seguir as outras pessoas. Há sempre um círculo em nossa volta com duas intenções: empurrar-nos em direcção à corrente, ou então, empurrar-nos para fora dela. A sociedade do século vinte e um é assim mesmo, empurra-nos para um espectro avultado de pessoas que são apenas paisagem a nós mesmos, que são a fusão de egocêntrico com cruel, que são um conjunto de personalidades más no seu todo; esta sociedade em que vivemos é, na sua maioria, uma sociedade de oportunismo. Todos são iguais a outros que tais. Todos interagem entre si com tal homogeneidade que é impossível achar discordância absoluta ou relativa. Todos idealizam ou traçam futuros homogéneos onde apenas lhes interessa o que interessa aos outros, ou seja, viverem uma vida na sua forma mais monótona até que ela se esgote; não procuram um ponto revolucionário no seio desta sociedade, pois isso gerava um mal-estar de comportamentos dessa mesma sociedade. Pugnar, inventar e gerir uma sociedade livre desta sociedade de aparências – onde todos se movem pela mesma causa, e se há um opositor é um louco isolado – é o que o homem do século vinte irremediavelmente precisa.
Este século, ainda que estejamos no seu início, destronou a cultura. O nosso país abandonou as práticas culturais, os aspectos culturais, a identidade cultural que nos levou a um patamar invejável durante anos. Todos os países têm de ter uma cultura. Todos os habitantes merecem ter uma cultura. Todos têm a obrigação de criar novas culturas e enaltecer as antepassadas.
E, sem excepção, os portugueses de agora menosprezam a cultura… Não dão azo às suas mentes criativas nem tão pouco dão valor aos artistas. Hoje o que interessa é ter uma boa fortuna, uma boa aparência na sociedade e viver uma vida curta e hipócrita o quanto baste.

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