Duas perspectivas


Salto de um pico para outro para ver o mundo de diferentes perspectivas. Desmancho a tortura consciente do meu pensamento com a plenitude alcançada. Mas, será que a alcanço? Ou alguma vez alcançarei tal coisa? Não tenho resposta para o destino, por isso me abreviam as constelações da terra como um jazigo eternamente eterno.
Apenas existem duas saídas completas: O caminho obscuro, ou a escuridão em massa. Um lado tem um longo caminho, estreito e cheio de adversidades geométricas, ao qual eu me sinto particularmente atraído. E o outro lado, é um caminho ainda mais longo, cheio de escuridão mas que eu contemplo como se fosse um “clarão” de emoções, de sentimentos, de fragrâncias indefinidamente definidas. E eu sigo ambos os caminhos. Sim.. Todos me levam ao vazio da minha alma, todos elevam-se a progredir continuamente como a regredir descontinuadamente.
No meu pensamento estou afastado do meu tempo, tanto penso no passado como executo o futuro. Estou numa heresia constantemente constante. Não me arrependo de ser assim, porque me contradigo por feições que já tive e por recordações que nunca terei. Perdi-me incontavelmente no espaço das coisas. Tudo para mim é espaço abstracto. Não vivo, nem sinto como um físico mas como um metafísico.
Têm-me dado sucessivos choques de electricidade clara, todos os santos dias. Sento-me num banco triste e velho demais, com tecidos e articulações acabadas, e estou entre duas árvores que espalham a natureza para quem gosta dela. Lá no cimo de tudo o que é alto está o grande clarão mais uma vez. Fito-o arduamente com a penumbra do meu pensamento.. Tão esquecido estais vós Deus.

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