Os cidadãos piegas


Dir-se-ia que ultimamente os discursos de Passos Coelho têm vindo a ser chamativos pelo lado positivo da coisa, mas os tais discursos proferidos pelo primeiro-ministro fazem exactamente o contrário. Põe os discursos demasiado “piegas”, o que os torna automaticamente desagradáveis.
Se bem que se retirarmos à palavra “interessante” o prefixo “de” a coisa estaria num bom caminho, tanto é que o senhor Pedro Passos Coelho julga-se capaz de chegar a este ponto na gramática portuguesa. Mas está enganado, não seja piegas meu caro senhor.
Prosseguindo. Ter-me-ão dito na véspera do dia dez de Fevereiro, ou seja, ontem para ser mais prático, que este ministro passa a sua vida a queixar-se dos portugueses.. aos portugueses.. Prezo pelo seu discurso. Mas quem será que tem razões de queixa? Os pobres? Que vêm cada vez mais difícil a sua vida e o seu sustento? Os inválidos? Que tiveram a infelicidade de ter obstáculos maiores de que qualquer outra pessoa?  Certamente.
Agora um homem como você senhor ministro.. Que leva Portugal para um caminho estruturado pelo eixo franco-alemão, chefiado por aquela mulher tão bela como é Angel Merkel, congratulá-lo-ia se a famosa “Austeridade “ dê-se resultado, como não dá não o farei.
Sou piegas? Deverei ser, pois não concordo consigo nem com o seu governo. Mas afinal o que sou eu? Um piegas unicamente e só. A verdadeira razão para estarmos na crise que estamos, a verdadeira mentira em que vivemos ao acharmos verdade, é e sempre será por nos acharmos inferiores aos outros e ainda para mais, nos acharmos a gelatina da Europa.
“Deixem os Alemães tomar conta da crise.” - “Eles lá sabem melhor que nós.” – (in)felizmente é este o mundo em que se vive.

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