Novo governo, antiga conversa

Pouco vi, hoje, do debate na Assembleia da República. E, do que vi, pouco mudou: o governo lá continua (ainda que remodelado), continuam com aqueles sorrisos provocatórios, com muitas palavras e poucas acções (as autárquicas estão a chegar e é preciso isso); os deputados, no geral, limitam-se a ler o que está escrito no papel, pouco ou nada criativos em apresentar soluções e, constantemente, com as mesmas palavras fazem os seus discursos.
Vi Passos Coelho com a sua arrogante postura - julgo ser inútil falar-lhe da situação do país, porque, diga-se o que se dizer, ele não entenderá: é limitado demais -, vi Paulo Portas com o seu lugar de vice primeiro-ministro, finalmente tanta falcatrua fê-lo chegar ao tão cobiçado poder e, em última instância, vi, de um rajada só, Rui Machete e Maria Luís Albuquerque - o primeiro, que já esteve ligado ao BPN e ao BPP (e não estou, com isto, a culpá-lo seja do que for) e que deve, certamente, a sua chegada ao poder a Cavaco Silva; a segunda, e não menos sinistra, anda à volta das SWAPS não sabendo muito bem o que dizer nem quando dizer. A única deputada, creio eu, que esteve realmente bem hoje e que deixou os papéis de lado foi Ana Drago. Deputada que curiosamente vai deixar de ser.

Álvaro Machado - 22:33 - 30-07-2013

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