O passado presente dos politicos
Não é novidade nenhuma que em Portugal tudo tem um problema
a nível estrutural, em concreto, no que toca aos nossos antepassados.
Os políticos portugueses devem ser todos professores
catedráticos de história, pois em cada debate que participam, em cada entrevista
que concedem, ou em qualquer outro lado, parece-me que utilizam o passado como
desculpa e esquecem o presente que vivemos – de extremas dificuldades
socioeconómicas – concluindo então que vivem num “Passado Presente”.
Um político “normal” cá em Portugal, é considerado um
parasita ou um psicopata em último grau, num país como os EUA por exemplo. A
razão melhor para compreender esta adversidade, é mesmo percebermos que estas
três só têm em comum o “P”, e mais nenhum elo de ligação, a não ser, que são
incompatíveis de facto.
Estava eu sentado no café como habitualmente faço, estando
já o liquido do café a entrar-me pelo esófago abaixo, quando me deparo com uma
noticia na televisão, que me deixou a rir que nem um desalmado. “Será aquela
homem maluco?” – devem ter perguntando as pessoas para si próprias. Eu creio
que não, dado que a noticia vinha deste governo de Passos Coelho.
Vós de esquerda, vós que defendeis a igualdade e sois contra
tudo e contra todas e quaisquer medidas, não tendes direito sequer que dêem
ouvidos aos que dizem ou deixam de dizer.. Isto está errado meus caros, pois
desde que a troika cá está, Francisco Louçã avisou e voltou a avisar
“Renegociar a divida já!”. Mas muita ou quase toda a população era contra isto,
ou pelo menos queria ir contra isto, pois punha Portugal em ondas com um grau
de elevada dificuldade. Tanto criticaram os socialistas, dizem que têm de
trabalhar agora e rápido com medidas drásticas, para promover o crescimento.
O que vejo como cidadão mais ou menos entendido nos
problemas do país, é que a palavra “cortar” tem sido a mais usada em todas as
medidas, deixando para trás o crescimento. Destruindo assim automaticamente, a
classe média portuguesa, d’antes todos se negavam à renegociação da divida pois
punha em causa o cumprimento da divida, agora fala-se não só da renegociação,
mas também de um novo pedido de ajuda externa. Não haja altura mais apropriada
para dizer “Deus louvado sejas!”.
Por incrível que pareça o café não entrou no esófago e
fiquei-me só pelo açúcar, ou adoçante como queiram chamar a essas moléculas.
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