um dia encontrarei o meu espaço.
pergunto a deus: porquê a minha vontade destrutiva? deus não responde. e eu continuo: porquê a minha necessidade de estar só num espaço obscuro, a tremer, impregnado de fantasmas?
pergunto a deus, mas no fundo não quero respostas; aliás, sei a impossibilidade de isso vir a acontecer, e é por isso que realmente chego a questionar...
não o fosse, seria um inútil. afinal, que sou eu? um desertor... sou quem por aí divaga, com o coração nas mãos, isso sim, porque em tempos fiz como no poema «dobre», e falo alto por entre os igualmente inúteis que continuam a preencher o meu campo de visão pelas ruas de Coimbra...
isso, de nada vale. nunca ninguém o há-de aclamar numa praça qualquer nem tampouco relembrar passados anos depois disso se ter dado...
tudo foi questionado enquanto vivi. mas a arte de sofrer é para tão poucos que deixa de fazer sentido escrevê-lo assim...
Álvaro Machado - 15:06 - 08-03-2015
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