Divagar na vida
Ao virar de esquina, a brisa, intensifica; ao virar de
página, o vento, desvanece. E assim é a mesa de vidro que em pouco tempo
serviu-se da mesa de madeira, em segundos lamentáveis o nada que tinha foi o
tudo desperdiçado da companhia...
Antigamente, quando a noção era pouca, e a lareira queimava
as impressões, as atenções que retinha nas pessoas não se faziam notar - ainda
assim, o subconsciente ligou pequenos fragmentos ao coração para mais tarde
serem relembradas.
- Entrem na alma pobre, façam dela a vossa alma também. Aqui
apenas entram os desolados e se algum dia saírem, sairão loucos. - disse estas
palavras secas e continuei - A minha alma é tão complexa como toda a
complexidade desta mesa, quando lhe é pouco torna-se madeira, quando lhe é
muito torna-se vidro, e nenhuma se torna a mesa ideal para vos receber.
Dito isto, o meu monólogo não serve para coisa nenhuma.
Divago, apenas. E o que há na vida a não ser divagar em pleno com a consciência
que temos e a inconsciência que tivemos?
Álvaro Machado – 21:25 – 25-12-2012
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