Politiquice: o mesmo de sempre.

Os políticos continuam a focar a sua campanha para tentar persuadir os cidadãos num discurso obsoleto e pouco ou nada realista. As primárias do PS provam isso mesmo: dois candidatos que se defrontam, dois candidatos que encontraram a luz ao fundo do túnel e comprometem-se a combater todas as assimetrias de Portugal e, por último, recorrem à crítica fácil para ganhar pontos em relação ao outro.
Portanto, nada de novo. Sabemos perfeitamente que isto é só para a campanha, estamos mais que habituados ao ilusionismo político, senão basta invocar os nomes de Passos Coelho e Paulo Portas para entendermos como funciona o sistema em Portugal.
Confesso: achei possível vislumbrar num António Costa (sim, aquele senhor calmo e ponderado que pertencia à Quadratura do Círculo) uma nova espécie política, onde a campanha seria feita com os pés bem assentes no chão, que realmente dê-se conta dos problemas estruturais do país, promete-se melhoradas algumas condições aos portugueses, mas nunca esquecendo o essencial. E o que será o essencial? Fazer por não perder autenticidade, fazer por marcar a diferença e não cair no mesmo caminho ridículo que outros tantos caíram.
Ora agora, pergunto-vos, portugueses, se não estamos exactamente a reviver em Seguro e Costa o que, há tempos atrás, vivemos com Portas e Passos? Promessas eleitorais, sim, porque afinal parece que todos sabem a solução para Portugal, não sabem é aplicá-la.
Os que chegam ao poder deixam sempre que a inércia lhes tome e lhes deturpe as tais promessas eleitorais que afinal só serviram para tapar os olhos ao zé povinho e encobrir essa ganância enlouquecida de chegar lá cima.
Esta classe política, estes partidos, todo o sistema, não valem a pena.

Álvaro Machado - 14:33 - 21-09-2014

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